domingo, 21 de fevereiro de 2016

A LEI DO CEARÁ CONTRA O MOSQUITO E A INSENSIBILIDADE


Acompanhei algumas críticas feitas em virtude de aprovação de lei que autoriza aos agentes de endemias a adentrarem em casas e terrenos abandonados no Estado do Ceará. A nova legislação também autoriza a requisição de força policial quando forem impedidos pelos proprietários de imóveis de proceder ao trabalho preventivo da luta contra o mosquito da dengue/zica. 

Confesso que não vejo motivo para celeuma. Vivemos momentos difíceis principalmente pela falta de conscientização de sociedade em estabelecer cuidados básicos em sua rotina e nas suas residências. Do lado do prédio de apartamento da minha mãe encontra-se um terreno murado que recebe dejetos, principalmente garrafas e depósitos plásticos jogados por um residente do mesmo bloco de apartamentos. Ao invés de juntar seu lixo, acondicioná-lo e colocar no depósito do prédio, prefere jogar pela janela as garrafas de cerveja, latas de refrigerante, etc. E olhe que não estou falando de pessoas com pouco nível educacional.

Sei o quanto os agentes de endemias tem trabalhado para evitar a proliferação do mosquito. Acompanhei por diversas vezes a rotina deles em Quixadá. Trata-se de pessoal dedicado, com supervisão adequada e plano de trabalho definido. Ocorre que o maior problema encontra-se na resistência da população em se adequar às medidas de prevenção. E isto não se resume ao pessoal de faixa salarial mais baixa. Vejam este caso que vivenciei.

Em um determinado bairro de Quixadá constatou-se a proliferação do mosquito. Foi feito um trabalho minucioso da equipe de endemias. Ocorre que um morador não aceitou a visita dos agentes. Através do quintal do vizinho, via-se que ali estava uma área de infestação, tal a quantidade de recipientes propensos a acomodar o mosquito. 

O supervisor visitou a casa e não conseguiu demover o proprietário da residência para permitir o trabalho. A secretária de saúde fez o mesmo e foi infrutífero. 

Na época era Presidente da Câmara de Quixadá e conhecia bem a pessoa. A pedido da secretária me desloquei à  residência e depois de muita peleja conseguimos a sua permissão. Este impasse durou duas semanas, tempo necessário para a proliferação do nosso temido mosquito na redondeza. 

Por isso, ninguém pode arguir o seu direito de intimidade/propriedade em detrimento da saúde dos demais. A nova legislação detalha o procedimento. Acredito que não haverá abusos. Sou favorável a esta ação legal. Quem dera tivesse vindo antes. A saúde agradece.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

LIVROS PARA LER EM 2016


A meta principal de estudos e leituras em 2016 é a elaboração de minha dissertação de mestrado. Também em consonância com esta meta está a publicação de livro de artigos juntamente com colegas do mestrado sobre politicas de juventude. Contudo, relacionei alguns livros para leitura nos intervalos de redação da dissertação e em sua elaboração, pois a auxiliam. Seguem abaixo minhas leituras escolhidas para 2016:

1 - Os clássicos da política - volume 1 (lido janeiro)
2 - O Seminarista - Rubem Fonseca (lido janeiro)
3 - Os clássicos da política - vol. 2(lido março)
4 -  O poder do clientelismo - Luiz Henrique Nunes Bahia (lido fevereiro)
5 -  O Capital - Thomas Piketty 
6 - A ideia de justiça - Amartya Sen
7 - 1789 - Pedro Dória (lido fevereiro)
8 - Guerreiros do Sol - Fernando Pernambucano de Melo
9 - Fanáticos e cangaceiros - Abelardo Montenegro (lido fevereiro)
10 - O poder dos donos - Marcel Bursztyn
11 - As raízes da corrupção no Brasil - Lucas Rocha Furtado
12 - O que o dinheiro não compra - Michael J. Sandel
13 - Dentaduras e dentes de leite: políticos e empresários mudancistas no Ceará - Altemar Muniz  
14 - Trajetória das desigualdades - Marta Arretche
15 - Desigualdade Econômica no Brasil - Márcio Pochmann
16 - A anatomia do poder - John Kenneth Galbraith
17 - Sobre o Estado - Pierre Bordieu
18 - Uma nova história do Ceará - Simone de Souza
19 - Ceará: um novo olhar geográfico - diversos autores
20 - Corações Sujos - Fernando Morais
21 - O poder e a peste - Lira Neto (lido janeiro)
22 - O quarto poder - Paulo Henrique Amorim
23 - Política pública - Michel Howlett/Ramesch/Perl (lido março)
24 - Código da Vida - Saulo Ramos
25 - Verdade e consenso - Lenio Streck

obs: Lembrando que li em 2015 livros considerados para entender o Brasil, conforme postagem anterior deste blog.