
Um espaço para debates de idéias e notícias. Local para discussão de temas políticos, com abordagem voltada para a construção de uma sociedade mais justa, libertária e revolucionária. Indicação de livros, filmes e textos.
domingo, 28 de junho de 2009
ÁFRICA DO SUL E A COPA DAS CONFEDERAÇÕES

quinta-feira, 25 de junho de 2009
MEU ENCONTRO COM PAULO FREIRE

quarta-feira, 24 de junho de 2009
APROVADO PROJETO QUE PRESERVA O PARQUE DO COCÓ

SATISFAÇÃO E CONGRATULAÇÕES
segunda-feira, 22 de junho de 2009
JURAMENTO ATENIENSE

domingo, 21 de junho de 2009
QUIXADÁ PARA O MUNDO



Quando assumi o cargo de prefeito da nossa querida cidade de Quixadá, pude solicitar a dois compositores quixadaenses a tarefa de fazer surgir uma música que retratasse o significado da Terra dos Monólitos. Marcélio Amaro e Dário Queiroz, dois amigos e parceiros musicais, nos brindaram com uma música que é uma poesia de encanto a nossa Quixadá. Para a produção da gravação da música convocamos o mestre Ferreira Filho. A voz da música foi de Marcélio Amaro. A ver e rever. Segue abaixo a letra poema. O vídeo, com a trilha musical, você pode conferir no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=Kyc3ZtvBC8E
QUIXADÁ PARA O MUNDO
Marcélio Amaro e Dário
Aqui nasci, cresci, sertão caatinga onde o sol quis fazer morada.
Cada canto uma paisagem,
onde nas canções do vento ouço a voz da natureza.
Um vale de pedras,
histórias feitas a mão,
sua beleza natural, turismo esporte radical,
ganho asas vôo, por sobre essa imensidão,
perto de Deus bate mais forte um coração.
De repente um violeiro, em sua canção o vaqueiro,
versos luar e sertão.
Açude Cedro, natureza, um banho de beleza, retratos da colonização.
Sua fé, sua gente, sua arquitetura, suas ruas e praças refletindo cultura,
terra de poesia, de Rachel de Queiroz, ser tão especial de todos nós.
No cair da tarde rara beleza,
da pedra do cruzeiro vou te ver,
nas festas de São João vou pular fogueira até o amanhecer,
Amor a primeira vista, que vista,
aguardando por você
Em Quixadá
MULHERES BELAS E ESPECIAS - VII - CLEO PIRES



sábado, 20 de junho de 2009
O CEGO ADERALDO por RACHEL DE QUEIROZ


Este artigo de Rachel de Queiroz, publicado na revista "O Cruzeiro" no ano de 1.959, resgata um momento histórico da vida do poeta e maior repentista do Brasil Cego Aderaldo. Pelas palavras habéis de Rachel se retrata o cotidiano saudoso da época. Um primor.
O cego Aderaldo
Às três horas da tarde, no pátio da fazenda, o sol é tão forte que encandeia; por sôbre o mato zarolho sobe para o céu um brilho trêmulo, feito da luz devolvida que bate no chão e volta para onde veio, como se a terra fôsse um espelho.
O jipe freou defronte à cancela, espantando uns pintos e a cachorra Baleia com o seu filho Trairi. E do banco da frente do carrinho se levantou um velho alto, de peito largo, chapéu desabado sôbre os óculos escuros. Segurando-o pela mão, um môço moreno, de bigodinho, foi-lhe dirigindo os passos, como quem traz um menino.
Saltaram tôdos das rêdes onde cochilavam ao mormaço e, com emoção e alvoroço, correram a receber aquêle que chegava. Pois o homem que atravessava o terreiro, sorrindo e saudando com sua grande voz de peito, era uma espécie de príncipe, talvez o último sobrevivente dos grandes cantadores - o cego Aderaldo.
Pelas casas dos moradores a notícia da visita se espalhou com incrível rapidez, - parecia até, Deus me perdoe, que pousara em cima do meu alpendre uma estrêla de Natal. Os homens largavam a enxada nos roçados, as mulheres deixavam o milho no pilão, esquecendo o pão e a hora da janta. E foram-se chegando de mansinho, homens e velhas, môças e meninos, e quando se deu fé, o terreiro e o alpendre estavam cheios de gente, e Aderaldo, sentado na cadeira de lona, dava a sua grande risada e contava causos e desfiava motes e depois pegava no grande violão e cantava e rememorava desafios, e fazia, como é de praxe, a louvação dos presentes. Foi aí que êle comprou para sempre o coração da dona da casa, porque enxergando-a apenas com os espirituais olhos de cego, disse, num remate de sextilha, que ela era “maneira como uma abelha...”
* * *
O povo da cidade grande não pode fazer idéia do que é o renome e a grandeza de um cantador. Êle é a voz cantadeira de tôda uma gente que não tem outra forma de expressão própria, que não lê nem escreve e, na sua necessidade de poesia e comunicação, fala e se entende pela bôca do cantador. Êle é o lírico, o épico, o noticioso, o cômico. Não são o jornal nem o rádio que informam o povo da morte de Lampião, da guerra na Europa, do suicídio de Getúlio, da subida ao céu do Padre Cícero. Ou antes, o rádio e o jornal informam, mas as gentes só dão crédito e importância depois que o cantador confirma. Ano passado os poetas populares já estavam explicando nas feiras as proezas do sputinik, e agora já estarão pondo em versos o bombardeio da Lua, para o povo acreditar.
O povo lhe dá crédito, como lhe dá amor, porque o cantador é um dêles, é a sua testemunha, ao mesmo tempo que o seu poeta - a sua consciência lírica, a sua voz de protesto ou de queixa. As mulheres choram quando o escutam, os homens ficam pensativos. E só se entende que o cantador viva pobre e morra pobre porque a sua gente só tem para repartir com êle a mesma pobreza, também. Sendo que o pouco que podem dar lhe permite viver vestido e calçado, - e para êles isso já é abastança.
Aderaldo canta de si e dos outros, conta a infância, a mocidade, a cegueira. Perdeu a luz dos olhos aos dezoito anos de idade, a trabalhar numa máquina que de repente lhe lançou no rosto uma lufada de vapor quente. Depois de cego, recusando-se a pedir esmola, como outros cegos fazem, lembrou-se de que carregava um poeta dentro do peito, arranjou uma viola e se fêz cantador. E cantando continua até agora, desde aquêles fatais dezoito anos até os oitenta e um de hoje em dia. Vive ambulante, igual a Homero, também como êle cego, poeta e cantor. Não tem mulher, - diz que mulher e cego não são boa combinação. Já criou mais de vinte filhos alheios, transformando as velhas relações do cego com o seu guia numa paternidade adotiva que lhe vai preenchendo os vazios do coração. Agora os guias já são “netos”, filhos dos guias primeiros. Faz algum tempo um político lhe deu uma maquininha de cinema, que o cantador levava pelos povoados do interior, completando a exibição dos filmes com explicações e cantigas. Viajava com uns burros, - mas com o tempo os burros foram morrendo, e alguns amigos jornalistas se lembraram de iniciar uma subscrição para lhe comprarem um jipe. Aí, porém aconteceu uma tragédia: a pequena casa onde o Aderaldo morava em Quixadá, “coberta de Jitirana, cheia de flor em botão”, pegou fogo, foi-se embora. E o incêndio comeu também o projetor de cinema, os filmes, tudo. Desolado, sem teto, o poeta desisitiu da subscrição, que já não tinha sentido. Os pouco contos de reis obtidos, deixou-os no banco onde estavam - “ficam para o meu entêrro...”. Um deputado, seu admirador, doído daquela má sorte, obteve para o cantador uma casa da Fundação da Casa Popular, em Fortaleza. Mas aí apareceu um “algoz” - e denunciou o cego como proprietário em Quixadá “de uma casa e de um cinema” - aquilo que o fogo levara...
* * *
Tudo isso êle contou e cantou, mais rido do que chorado, porque tem a tristeza alegre. Quando partiu - o jipe fôra emprestado por um amigo, precisava chegar ao Quixadá antes da noite - nos deixou comovidos e tontos, como se a gente houvesse podido entrever, na sua profundidade natural, o escondido e singelo mistério do mundo. E se o corpo, o triste corpo de carne, nos continuava pesado e pregado ao chão, o coração aligeirado, contente, cantante, estava, êle sim, leve e inocente - “maneiro como uma abelha”...
Rachel de Queiroz - Revista "O Cruzeiro" - 3 de outubro de 1.959
PROJETO DE PRESERVAÇÃO DAS DUNAS DO COCÓ VAI A VOTAÇÃO


quinta-feira, 18 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
SEGURANÇA DE QUIXADÁ, NOVAMENTE

PREÇO E VENDA DE LIVROS NO BRASIL

terça-feira, 16 de junho de 2009
NOVO ASFALTO DE RUAS DE QUIXADÁ SE ESFARELA NO VENTO
UM VERDADEIRO AMOR É CAPAZ DE MATAR ?

NOVO CÓDIGO PROCESSUAL PENAL TRAMITA NO SENADO FEDERAL

domingo, 14 de junho de 2009
AÇÃO DA COMUNIDADE CONTRA O DESCASO NA LIMPEZA URBANA
AVENIDA DOS BURACOS - BURACÓDROMO
13a. FESTA PULA FOGUEIRA - COMENTÁRIOS
PAULO BAIANO - UMA FIGURA POPULAR
quarta-feira, 10 de junho de 2009
PROGRAMAÇÃO FIM DE SEMANA
A VIDA COMO ELA É

JUROS DE 1 DÍGITO - HISTÓRICO
domingo, 7 de junho de 2009
ORAÇÃO PELA PAZ - SÃO FRANCISCO

ANÚNCIO EQUIPE LUIZIANNE LINS

HINO DE QUIXADÁ

Linda terra rica e querida,
FIM DE SEMESTRE - DESPEDIDA DA TURMA
EQUIDADE DE GÊNERO - ALGUMAS INFORMAÇÕES

E A SEGURANÇA DE QUIXADÁ ?

sábado, 6 de junho de 2009
MULHERES BELAS E ESPECIAIS VI: ANGELINA JOLIE



REFLEXÃO

Cada um que passa em nossa vida,
quinta-feira, 4 de junho de 2009
UMA NOVA FORTALEZA - COPA 2014

Implantação do Edifício Garagem do Castelão com ampliação da área de estacionamento para 4.200 vagas – R$ 100 milhões (Parceria-público-privada-PPP);
Modernização e ampliação da estrutura do Castelão para enquadramento no Caderno da FIFA – R$ 297,451 milhões (PPP);
Requalificação do estádio Presidente Vargas com estrutura para 19.500 cadeiras – R$ 54,509 milhões (já captados)
Duplicação do Anel Viário (Trecho – Ce 040 / Br 222) – R$ 162,8 milhões (já captados) ;
Duplicação trechos 1 e 2 da BR 222 – R$ 114 milhões (já captados);
Conclusão da BR 116 (trecho Itaitinga – Horizonte) – R$ 40 milhões (já captados);
Recuperação da BR 116 – Trecho km 0 ao km 12 – R$ 60,312 milhões (já captados);
Duplicação do Terminal de Passageiros do Aeroporto Pinto Martins – R$ 517,5 milhões (já captados);
Terminal de Cargas do Aeroporto Pinto Martins – R$ 39 milhões (já captados);
Ampliação da pista do Aeroporto Pinto Martins – R$ 6 milhões (já captados);
Torre de Controle do Aeroporto Pinto Martins – R$ 27 milhões (já captados);
Implantação do Terminal de Passageiros do Porto do Mucuripe – R$ 120 milhões;
Conclusão da ponte sobre o Rio Cocó – R$ 9,7 milhões (já captados);
Duplicação da CE 040 – entrocamento da CE 453 com Beberibe – R$ 86 milhões (já captados);
Duplicação da CE 040 trecho Beberibe/Lagoa do Uruaú e Fortim/Aracati – R$ 46,8 milhões (já captados);
Implantação do Aeroporto de Aracati – R$ 17,1 milhões (já captados);
Rodovia de acesso a localidade de Praia Bela, a partir de Aquiraz – R$ 10,3 milhões (já captados);
Alargamento da CE 453 entroncamento com Iguape – R$ 10 milhões (já captados);
Duplicação da CE 025 – Maestro Lisboa com Rio Pacoti – R$ 27 milhões (já captados);
Ligação da ponte sobre o Rio Cocó/ Ce 040/ Anel Viário metropolitano – R$ 62,5 milhões;
Implantação Linha Oeste do Metrô de Fortaleza – R$ 847,653 milhões (já captados R$ 290 milhões);
Acessibilidade as estações do Metrô de Fortaleza – R$ 107,049 milhões;
Implantação sistema de integração ônibus-metrô – R$ 70 milhões;
Ramal ferroviário Mucuripe/Aeroporto/Parangaba/Castelão – R$ 565,650 milhões (já captados R$ 1,431 milhão);
Implantação da Linha Sul do Metrô de Fortaleza – R$ 1,806 bilhão (já captados R$ 1,531 bilhão);
Requalificação da Malha Viária de Fortaleza – R$ 182,5 milhões;
Ligação do Aeroporto com a BR 222 – R$ 30,616 milhões;
Ligação litorânea leste-oeste com Fortaleza – R$ 18 milhões;
Via expressa Norte-Sul (complementação) – R$ 98 milhões;
Alargamento da Av. Alberto Craveiro – R$ 37,725 milhões;
Alargamento da Av. Dedé Brasil – R$ 41,592 milhões;
Implantação do Transfor – R$ 400 milhões;
Alargamento da Av. Paulino Rocha – R$ 24,290 milhões;
Ligação da Paulino Rocha com José Américo – R$ 7,752 milhões;
Ligação da Av. Min. José Américo com Av. Maestro Lisboa – R$ 2,474 milhões;
Alargamento da Av. Gal. Bittencourt – R$ 10,387 milhões;
Alargamento da Av. Osório de Paiva – R$ 26 milhões;
Implantação do viaduto da Via Expressa/ Santos Dumont – R$ 8 milhões;
Implantação do túnel da Via Expressa / Pe. Antônio Tomás – R$ 7,5 milhões;
Implantação do viaduto da Via Expressa/ Av. Alberto Sá – R$ 8 milhões;
- Implantação do primeiro anel viário eixo Leste-Oeste – R$ 148 milhões;
Melhoria da Via de acesso do Aeroporto (Via avenida Raul Barbosa) – R$ 53,595 milhões;
Reequipamento operacional do sistema de transporte – R$ 30 milhões;
Implantação de sinalização turística e de trânsito – R$ 12,768 milhões;
Promob – R$ 14,970 milhões;
Aquisição de Viaturas de Trânsito para AMC/PMF – R$ 14,1 milhões ;
Aquisição de equipamentos de trânsito AMC / PMF – R$ 15,955 milhões;
Ampliação do Projeto Controle de Tráfego – R$ 39,760 milhões;
Aquisição de equipamentos – R$ 4,190 milhões;
Valor global: R$ 5.985.027,17 (em mil)
Valor captado: R$ 3.034.899,60 (em mil)
terça-feira, 2 de junho de 2009
ORIGEM FESTA PULA FOGUEIRA - QUIXADÁ(CE)


Mas como foi que surgiu esta festa ? Era o ano de 1993 e tinha assumido uma nova gestão à frente da prefeitura. As idéias era muitas e foi nesse clima que apresentei a proposta de realizarmos uma grande festa de São João. Tinha visitado Campina Grande e visto a grandiosidade da festa. E achei interessante que o São João de Campina tinha se transformado naquela festa maravilhosa com poucos anos de existência. Podíamos fazer uma festa do mesmo tipo, afinal no Ceará nenhuma cidade trabalhava este tipo de evento profissionalmente e tínhamos as melhores bandas de forró(na época do grupo Mastruz com Leite). Na época ocupava o cargo de secretário da recém criada Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto. Tínhamos realizado um grande carnaval e conseguimos o apoio do prefeito e da gestão para trabalharmos a festa junina.
Um fato porém atrapalhou: a grande seca que assolou nosso estado. Não pegava bem fazer uma grande festa naquele momento. Então resolvemos iniciar de forma mais modesta.
Contratamos bandas locais; organizamos o festival de quadrilhas adultos; fizemos uma parceria com a Escola José Jucá, para o festival infantil que ela organizava fosse na praça; e a festa ficou quase pronta. Faltava o nome dos festejos. A equipe da secretaria composta por mim, Vicente, Rinaldo, Júlio César, Rogério, Freitinhas e Tetê não conseguiu ter criatividade. Foi aí que circulando pela secretaria de obras encontrei o técnico em desenho Inácio Braúna (hoje mora em Limoeiro) e ele nos deu falou - "Por que não Festa Pula Fogueira ?" - E foi imediatamente aceito. Lembro que ele ainda contribuiu desenhando o primeiro cartaz da festa.
Chegou o grande dia de festa. O prefeito não compareceu e eu tive que fazer a abertura. Foi um grande público. As quadrilhas se apresentaram brilhantemente na Praça Coronel Nanan. O povo dançou que se esbaldou no asfalto.
Um fato interessante da festa foi o sufoco que passamos quando do início do festival de quadrilhas adulto. Iniciava-se a apresentação de Morada Nova (era campeã cearense) e no momento de sua entrada nos entregou uma fita para ser colocada no som com o roteiro musical de sua coreografia. Nós não sabíamos disso e tínhamos colocado a banda do Dom Ratinho para acompanhar as quadrilhas. E o Chinês(Black Banda) não tinha trazido tape-deck para rodar a fita. A quadrilha disse que não se apresentaria. Foi um sufoco mas conseguimos resolver. Arranjamos um pequeno gravador, colocamos a fita e um microfone sobre ele. E aí a quadrilha nos brindou com uma linda apresentação. Tirou o 2o. lugar no festival, sendo superada pela quadrilha de Caio Prado - Arraiá Luís Bezerra.
Estava criada a grande festa Pula Fogueira. No outro ano mudamos a festa para a praça José de Barros e ano após ano a festa foi se agigantando até os dias atuais.
foto edgardo: Eu e o mestre Dominguinhos na Festa Pula Fogueira
EQUIDADE DE GÊNERO E O PAPEL DOS ENTES DA FEDERAÇÃO
