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sábado, 8 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES - IGUALDADE, RECONHECIMENTO E MUITAS LUZES É O QUE DESEJO

O MUNDO É FEITO DE DIVERSOS TIPOS DE MULHERES...
 
Mulheres que curam com a força do seu amor...
Mulheres que aliviam dores com a sua
compaixão...
Mulheres que cantam o que a gente sente...
Mulheres que escrevem o que a gente sente...
Mulheres glamourosas...
Mulheres maravilhosas...
Mulheres que fazem a gente rir...
Mulheres batalhadoras...
Mulheres Talentosas...
O Mundo também é feito por outro tipo de
Mulheres, nem tão conhecidas ou famosas...
Mulheres que deixam para trás o que têm,
Em busca de uma vida nova...
Mulheres que, todos os dias, se encontram diante
De um novo começo...
Mulheres que sofrem diante das injustiças...
Mulheres que sofrem diante de perdas
Inexplicáveis...
Mães...
Mulheres que devem se submeter a regras...
Mulheres que se perguntam qual
Será o seu destino...
Mulheres em cuja face estão escritos
Todos os dias de sua vida.
O Mundo é feito de
FRANCINA, CRISTIANE, TAYNÁ, ILANA, ASTRID, ELIANA, PATRICIA, NAYANNA, LARISSA, LIANA, DIANA, MANUELA, LUIZA, GRAÇA, MARIA, ESTER, ROSALVA, .....TODAS mulheres especiais...
Todas mulheres tão bonitas quanto
Qualquer Estrela,
Porque lutam todos os dias para fazer do
Mundo um lugar legal pra se viver.
Parabéns... Mulheres...Mães...
Autora: Bete Angelim
(adaptado) 

sábado, 12 de março de 2011

SEM AS MULHERES NÃO HÁ REVOLUÇÃO - ANGIE GAGO

Reproduzo artigo interessantíssimo sobre a participação das mulheres nos atuais movimentos de libertação de ditaduras no mundo árabe. Ressalte-se que eram as mulheres que puxaram as manifestações durante a Revolução Francesa. Elas continuam fazendo história. O artigo foi publicado na Cartya Capital e é de autoria de Angie Gago.

SEM AS MULHERES NÃO HÁ REVOLUÇÃO

Angie Gago

Este mês volta a celebrar-se um novo 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Durante esta jornada de protesto, milhões de mulheres em todo o mundo sairão às ruas para reivindicar seus direitos. Nestes momentos de crise econômica, nós mulheres estamos sofrendo os efeitos dos cortes sociais mais profundos em muitos anos. A reforma trabalhista, a reforma da Previdência e os cortes nos orçamentos dos serviços sociais (saúde, educação, etc.) afetam duplamente a mulher, que já está em uma posição de precariedade em relação a do homem. Encarregadas dos cuidados das crianças e anciãos e obrigadas a trabalhar por menos salário, as mulheres sofrem uma dupla cadeia dentro do sistema capitalista: a exploração e a opressão.

Mas nós também temos aparecido, ao longo da história, a frente das lutas sociais e democráticas. O dia 8 de março é um dia de visibilidade da luta pela libertação das mulheres. Mas cada dia, de maneira “invisível”, nós lutamos para conseguir nossa emancipação. Seja dentro dos sindicatos ou grupos políticos, seja dentro dos coletivos feministas ou com a luta diária de trabalhar e chegar ao fim do mês, temos um papel ativo essencial na transformação social.

Nas últimas semanas temos visto em repetidas ocasiões imagens de mulheres durante as revoluções árabes: Tunísia, Egito, Argélia, etc. Na primeira frente de batalha, na Praça Tahir ou na Praça Primeiro de Maio, as mulheres compareceram em massa aos protestos para derrubar os regimes autoritários que têm dominado seus países nas últimas décadas. Elas são destes países que o mundo ocidental quer invadir para libertá-las. Mas não se cansam de dizer que só serão libertadas por elas mesmas.

Ainda que haja infinitos exemplos nos quais as mulheres lutaram nas revoluções democráticas e sociais, sua imagem é sempre silenciada e sua história eliminada, a serviço do pensamento sexista e de um sistema econômico que necessita deixar as mulheres em um segundo plano. Ainda assim, ao longo da história, as mulheres se levantaram uma e outra vez para gritar que elas não são o segundo sexo.

Isso aconteceu na Revolução Russa de 1917, quando milhares de mulheres participaram na luta pela liberdade e o socialismo. Os avanços nos direitos foram rápidos e os mais avançados da época: direito ao divórcio, anticonceptivos, salário igual, socialização dos cuidados, etc. Ainda que a experiência tenha sido curta devido ao isolamento da revolução e à contrarrevolução levada a cabo pela burocracia stalinista, a experiência criou um precedente.

O tema já clássico “sem as mulheres não haverá revolução” foi se repetindo em diferentes ocasiões nas quais a luta pelos direitos sociais da classe trabalhadora andou de mãos dadas com a luta pela libertação da mulher. Durante a II República, as mulheres também conseguiram uma série de direitos que situavam a democracia do Estado espanhol como uma das mais inclusivas da época. E, durante a Revolução Espanhola, as mulheres tiveram um papel chave na conquista dos direitos sociais.

Nos momentos nos quais os povos se levantaram contra a tirania e o capitalismo, nós temos sido protagonistas dos movimentos de emancipação. No entanto, em nossa sociedade segue dominando a imagem da mulher passiva. Quantas revoluções mais faltam para eliminar este estereótipo?

Agora, com as revoluções árabes, volta à tona a participação das mulheres nas revoluções. Nós também queremos igualdade, liberdade e não temos medo. Durante uma revolta social nossa participação é fundamental para que os avanços não fiquem só no plano formal e para que haja um questionamento profundo dos papeis atribuídos às mulheres e uma ruptura dos mesmos. Contamos com vários exemplos históricos nos quais temos visto que, quando as mulheres participam nas revoluções, a luta lado a lado com nossos companheiros de classe faz crescer a consciência. Mas esse não é um processo automático. Por esta razão, nossa participação nas revoltas é fundamental para conseguir nossa libertação.

Recentemente, temos visto também como milhões de mulheres saíram às ruas na Itália para protestar contra a cultura machista promovida por Berlusconi. “Se não é agora, quando será?”, gritavam as companheiras italianas. Aqui, no Estado espanhol, também temos milhares de razões para sair às ruas. Cada ataque do governo aos direitos conquistados pela classe trabalhadora é um ataque a nossos direitos como mulheres. E se a isso somamos o genocídio contra as mulheres pela violência machista, a pergunta das companheiras italianas é nossa também. Neste 8 de março, sairemos todas à rua para lutar, mas no dia seguinte não voltaremos para casa.

domingo, 2 de janeiro de 2011

UMA REFLEXÃO SOBRE O SIMBOLISMO DE DILMA PRESIDENTE PARA AS CONQUISTAS DAS MULHERES


Independentemente das preferências partidárias de qualquer um, não há como querer esconder o fato marcante e simbólico da posse de uma mulher na presidência do Brasil. Trata-se de evento da maior envergadura, com consequências benéficas para a sociedade brasileira. O fato de uma mulher chegar ao cargo mais alto de nosso país significa que os nossos valores culturais vem passando por uma salutar modificação.

Durante o meu trabalho de conclusão do curso de direito, o qual tratava especificamente da evolução dos direitos da mulher, pude compreender como nossa sociedade mantém-se machista e conservadora. Para exemplificar retomo aqui história real de minha infância e que expus em minha monografia.

Quando eu era menino, existia uma senhora, já com idade avançada, que circulava pelas ruas do bairro e visitava as casas, onde tomava café e batia um papo repetitivo. Meu pai me falou com respeito sobre ela: “Seu nome é Ester Holanda, foi a primeira a mulher a usar calça comprida e a montar cavalo como se fosse um homem”. Não compreendi a informação. Até porque minhas coleguinhas de colégio usavam farda de calça comprida e já tinha visto minhas primas montando cavalo da mesma forma que os vaqueiros da fazenda de meu tio. Foi preciso muitos anos para que eu pudesse entender o simbolismo que teve o gesto de Ester Holanda de desafiar a sociedade da época e ser a primeira mulher a vestir uma roupa considerada de “homem” em sua cidade natal. Hoje imagino como deve ter sido o impacto para as conservadoras famílias de ver uma mulher montar cavalo sem ser de “ladinho” como era a prática à época.

Em todas as sociedades existentes a mulher sempre foi relegada a um patamar inferior. Em grande parte consideradas como patrimônio do homem. Serva das tarefas domésticas e objeto utilizado para procriação da espécie. Ao longo de séculos a situação começou a mudar. E foram gestos e atos (tal como o relatado aqui) feitos por milhares de mulheres ao longo da história mundial, muitas delas anônimas, que romperam com a cultura do preconceito e discriminação. Não que as mulheres tenham conseguido alcançar a igualdade desejada para com os homens. Ainda há muito a conquistar, mas estes últimos tempos trouxeram grandes vitórias, a ponto de muitos estudiosos afirmarem que a maior transformação verificada neste último século foi a revolução feminina.

Faço este registro histórico para enfatizar que estas últimas décadas trouxeram conquistas importantes. O direito de votar; a descriminalização da infidelidade feminina; a igualdade de direitos entre homem e mulher; a proibição de pagar mais pelo trabalho feminino; a Lei "Maria da Penha" que se contrapõe aos índices alarmantes de violência doméstica; e agora a posse de Dilma Rousseff como presidente. Tudo isto se traduz em avanços para as mulheres brasileiras.

Sem dúvida a eleição de uma mulher para presidente abrirá caminhos para que outros espaços sejam ocupados pelas descendentes de Eva. Hoje a maioria dos cargos e empregos de destaque continuam sendo  ocupados pelos homens. São raros os casos de exceção à regra. Não é a toa que o Congresso, as assembléias e as câmaras são praticamente hegemonia masculina. Em caso de sucesso em seu governo, Dilma influenciará ainda mais para isso. Vamos torcer que isto aconteça. Para o bem de nosso país, para o bem de nossas mulheres

foto: ministras do Governo Dilma

segunda-feira, 8 de março de 2010

BREVE HISTÓRIA DE LUTAS DAS MULHERES


Este vídeo retrata um pouco das lutas das mulheres por seus direitos. Traz no final um belo depoimento da inesquecível Elis Regina. Mais uma homenagem às razões de nossa existência: as mulheres. A música tema do vídeo é Maria, Maria.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 8 DE MARÇO

Este dia de homenagens às mulheres deveria ser diário mas serve para todos nós homenagearmos aquelas que são a razão de ser de nossas vidas.

SIMPLESMENTE MULHER

Teus braços

Fortes braços
Num longo abraço
A me envolver
Teus lábios
Doces lábios
Fonte de beijos
Muitos beijos, pra me aquecer
Quanta coisa emana de ti, doce criatura
Amor...carinho... ternura
Tudo que me liga a teu ser, mulher
Tia...mãe...avó...
Irmã...neta...filha...
Guerreira...companheira...
Tu que me namoras, me compreendes
Que me incentivas, me repreendes
E jamais me deixas só.
Tu que és dar e receber,
Que com a mesma humildade
Sabes perdoar e esquecer.
Santa ou pecadora
Ingênua ou sedutora
Não importa! Serás sempre uma rainha
Uma intercessora...uma fada madrinha...
Aquela que na minha aflição, chamo
Laura...Priscila...Mary...Maria José...
A todas, admiro e amo
Santas criaturas
Anjos de candura
Simplesmente mulher!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

EQUIDADE DE GÊNERO: O PAPEL DOS ENTES DA FEDERAÇÃO



Com este texto abaixo inicio a monografia de conclusão do curso de direito da UNIFOR.O tema é o título desta postagem e aborda a trajetória de lutas das mulheres pela igualdade de direitos. Procurei fazer um resgate de algumas personagens da história de Quixadá. Neste trecho conto um pouco da trajetória de Ester Holanda. A apresentação da mono será nos próximos dias e terá na banca Humberto Cunha (Dr.), Filomeno de Moraes (Dr.) e Laécio Noronha (Dr,)

Quando eu era menino, existia uma senhora, já com idade avançada, que circulava pelas ruas do bairro e visitava as casas, onde tomava café e batia um papo repetitivo. Meu pai me falou com respeito sobre ela: “Seu nome é Ester Holanda, foi a primeira a mulher a usar calça comprida e a montar cavalo como se fosse um homem”. Não compreendi a informação. Até porque minhas coleguinhas de colégio usavam farda de calça comprida e já tinha visto minhas primas montando cavalo da mesma forma que os vaqueiros da fazenda de meu tio. Foi preciso muitos anos para que eu pudesse entender o simbolismo que teve o gesto de Ester Holanda de desafiar a sociedade da época e ser a primeira mulher a vestir uma roupa considerada de “homem” em sua cidade natal. Hoje imagino como deve ter sido o impacto para as conservadoras famílias de ver uma mulher montar cavalo sem ser de “ladinho” como era a prática à época. Foram gestos e atos feitos por milhares de mulheres ao longo da história mundial, muitas delas anônimas, que romperam com a cultura do preconceito e discriminação. Não que as mulheres tenham conseguido alcançar a igualdade desejada para com os homens. Ainda há muito a conquistar, mas estes últimos tempos trouxeram grandes vitórias, a ponto de muitos estudiosos afirmarem que a maior transformação verificada neste último século foi a revolução feminina.

domingo, 8 de novembro de 2009

QUE ABSURDO NOS TEMPOS DE HOJE - CONSERVADORISMO NA UNIVERSIDADE

Sinceramente eu estou sem acreditar que uma universitária esteja sendo expulsa por ter ido a aula de minissaia. Já estava achando uma verdadeira palhaçada que tenham paralisado as aulas por conta disso. E fico mais estarrecido com esta decisão da expulsão da jovem que cometeu este ato considerado amoral. Que falso moralismo é esse ? Acho que esses estudantes nunca foram a praia para ver como as mulheres se encontram, muitas delas com minúsculos biquinis. Foi o tempo em que os estudantes paralisavam as aulas das universidades para exigir melhores condições na educação. Agora paralisa-se as aulas por causa de uma mulher bonita vestida de vermelho. Se essa turma visse a gata que vai atender no estágio da UNIFOR de minissaia, acho que era capaz de derrubar o Presidente da República. Que falta de vergonha desta turma.
E o mais revoltante é a posição da UNIBAN de expulsar a jovem. Será que estão querendo é aparecer criando polêmica? E assim caminha a educação brasileira.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

SABEDORIA



"Devemos lutar pela igualdade sempre que a diferença nos inferiorizar; devemos lutar pela diferença, sempre que a igualdade nos descaracteriza."

Boaventura de Sousa Santos


domingo, 1 de novembro de 2009

LEI MARIA DA PENHA PARA O GOVERNADOR DE MINAS


Eu até gosto do jeito do Governador de Minas Gerais. Acho-o simpático e também considero que faz um bom governo. No entanto, reproduzo aqui esta matéria do blog de Juca Kfouri que deu muito a falar no meio virtual, mas nada na imprensa brasileira, o que mostra a parcialidade vergonhosa dos meios jornalísticos. Se fosse o autor da proeza o Presidente Lula, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, estaria em todas as manchetes durante pelo menos um mês (no bom Dia Brasil, no JH, no Nacional e principalmente no da Globo, afora a Veja que faria uma edição especial). Ressalto que não é a primeira vez que fatos desta natureza são expostos sobre o presidenciável tucano. Agora bater em mulher é reprovável eternamente. Mulher não se bate, se dá carinho, amor e paixão. Nada justifica essa postura de alguém que deveria ser uma referência.


Covardia de Aécio Neves


Aécio Neves, o governador tucano de Minas Gerais, que luta para ter o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio.
Depois do incidente, segundo diversas testemunhas, cada um foi para um lado, diante do constrangimento geral.
A imprensa brasileira não pode repetir com nenhum candidato a candidato a presidência da República a cortina de silêncio que cercou Fernando Collor, embora seus hábitos fossem conhecidos.
Nota: Às 15h18, o blog recebeu nota da assessoria de imprensa do governo mineiro desmentindo a informação e a considerando caluniosa.
O blog a mantém inalterada.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

GANDHI - SABEDORIA


"A mulher é a companheira do homem, dotada de iguais capacidades intelectuais. Tem direito de participar dos mínimos particulares das atividades do homem e tem o mesmo direito à liverdade e à independência. Tem qualidades para ocupar um lugar excelso em sua esfera de atividades, exatamente como o homem em sua esfera. Deveria ser esta a condição natural das coisas, e não apenas o resultado de ter aprendido a ler e escrever. Simplesmente, em virtude de um costume imoral, até os homens mais ignorantes e indignos exerceram sobre as mulheres uma autoridade que não mereciam e não deveriam ter".

terça-feira, 11 de agosto de 2009

DEFESA DA LEI MARIA DA PENHA POR MARIA BERENICE DIAS


Maria Berenice Dias(foto) é uma das doutrinadoras jurídicas mais respeitadas em nosso país. Suas posições como desembargadora e como jurista dão alento à conservadora justiça brasileira. Vejam este artigo em que defende a aplicabilidade da Lei Maria da Penha.

Lei Maria da Penha, afirmação da igualdade
A liberdade é antes de tudo o direito à desigualdade. N. A. Berdiaef

O princípio da igualdade é consagrado enfática e repetidamente na Constituição Federal. Está no seu preâmbulo como compromisso de assegurar a igualdade e a justiça. A igualdade é o primeiro dos direitos e garantias fundamentais (CF, art. 5º): todos são iguais perante a lei. Repete o seu primeiro parágrafo: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Mas há mais, é proibida qualquer discriminação fundada em motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (CF, art. 7º, XXX).

Exatamente para garantir a igualdade é que a própria Constituição concede tratamento diferenciado a homens e mulheres. Outorga proteção ao mercado de trabalho feminino, mediante incentivos específicos (CF, art. 7º, XX) e aposentadoria aos 60 anos, enquanto para os homens a idade limite é de 65 (CF, art. 202).

A aparente incompatibilidade dessas normas solve-se ao se constatar que a igualdade formal – igualdade de todos perante a lei – não conflita com o princípio da igualdade material, que é o direito à equiparação mediante a redução das diferenças sociais. Trata-se da consagração da máxima aristotélica de que o princípio da igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam.

Marcar a diferença é o caminho para eliminá-la. Daí a necessidade das leis de cotas, quer para assegurar a participação das mulheres na política, quer para garantir o ingresso de negros no ensino superior. Nada mais do que mecanismos para dar efetividade à determinação constitucional da igualdade. Também não é outro motivo que leva à instituição de microssistemas protetivos ao consumidor, ao idoso, à criança e ao adolescente.

Portanto, nem a obediência estrita ao preceito isonômico constitucional permite questionar a indispensabilidade da Lei n. 11.340/06, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica. A Lei Maria da Penha veio atender compromissos assumidos pelo Brasil ao subscrever tratados internacionais que impõem a edição de leis visando assegurar proteção à mulher. A violência doméstica é a chaga maior da nossa sociedade e berço de toda a violência que toma conta da nossa sociedade. Os filhos reproduzem as posturas que vivenciam no interior de seus lares. Assim demagógico, para não dizer cruel, é o questionamento que vem sendo feito sobre a constitucionalidade de uma lei afirmativa que tenta amenizar o desequilíbrio que ainda, e infelizmente, existe nas relações familiares, em decorrência de questões de ordem cultural. De todo descabido imaginar que, com a inserção constitucional do princípio isonômico, houve uma transformação mágica. É ingênuo acreditar que basta proclamar a igualdade para acabar com o desequilíbrio nas relações de gênero. Inconcebível pretender eliminar as diferenças tomando o modelo masculino como paradigma.

Não ver que a Lei Maria da Penha consagra o princípio da igualdade é rasgar a Constituição Federal, é não conhecer os números da violência doméstica, é revelar indisfarçável discriminação contra a mulher, que não mais tem cabimento nos dias de hoje. Ninguém mais do que a Justiça tem compromisso com a igualdade e esta passa pela responsabilidade de ver a diferença, e tentar minimizá-la, não torná-la invisível.

sábado, 11 de julho de 2009

GANDHI E AS MULHERES


Vejamos o que o mestre da não violência fala sobre as mulheres e seu importante papel. Sempre dotado de uma grande sensibilidade.

"É calúnia chamar a mulher de sexo frágil. É uma injustiça do homem para com a mulher. Se por força entendermos a força bruta, então sim, a mulher é menos brutal que o homem. Mas se por força entendermos a força moral, então a mulher é infinitamente superior ao homem.
Não tem maior intuição, mais abnegação, mais coragem, mais capacidade de suportar ? Sem ela o homem não poderia viver. Se a não violência é a lei da nossa existência, o futuro está nas mãos da mulher...Quem melhor do que a mulher, pode apelar para o coração ?"

domingo, 7 de junho de 2009

EQUIDADE DE GÊNERO - ALGUMAS INFORMAÇÕES


Meu tema de monografia do curso de direito aborda o tema de equidade. Procurarei neste período de sua elaboração expor dados sobre a temática no blog para instigar o debate. Vejamos por exemplo como está a ocupação de cargos pelas mulheres nas principais esferas do poder, seja na área jurídica, legislativa ou no executivo.


Ministras de Estado - 2 de 32 - 6,25 %
Dilma Rousseff - Casa Civil
Nilcea Freire - Políticas para as Mulheres


Governadoras - 3 de 27 - 11 %
Ana Júlia Carepa - Pará
Wilma Maia de Faria - Rio Grande do Norte
Yeda Crussius - Rio Grande do Norte

Senado Federal - 10 de 81 - 12,34 %
Fátima Cleide - PT-RO
Ideli Salvati - PT-SC
Lúcia Vânia - PSDB-GO
Maria do Carmo - DEM-SE
Marina Silva - PT-AC
Marisa Serrano - PSDB-MG
Patricia Sabóya - PDT-CE
Rosalba Ciarlini - DEM-RN
Serys Slhesssarenko - PT-MT

Supremo Tribunal Federal (STF) - 2 de 11 (18,18 %)
Carmen Lúcia Antunes Rocha
Eleen Gracie Northfleet

Superior Tribunal de Justiça (STJ) - 5 de 33 (15,15%)
Denise Arruda
Eliana Calmon alves
Fátima Nancy Andrighi
Laurita Hilário Vaz
Maria Tereza R.de Assis Moura

Superior Tribunal Militar (STM) - 1 de 15 - (6,66 %)
Maria Elisabeth G. Teixeira Rocha

terça-feira, 2 de junho de 2009

EQUIDADE DE GÊNERO E O PAPEL DOS ENTES DA FEDERAÇÃO


Apresentei ontem meu projeto de conclusão do curso de direito. O tema é o exposto no título desta postagem. Fiz uma apresentação em que coloquei toda a trajetória de luta das mulheres ao longo dos séculos para conseguir ter os mesmos direitos do homem. Além de textos de artigos diversos dos mais variados doutrinadores, me detive nos textos produzidos pela Secretaria especial de políticas para as mulheres (Presidência da República) e nos trabalhos da Desembargadora Maria Berenice Dias. Foi bastante elogiada a apresentação feita. Agora é continuar a estudar o tema e preparar a monografia para apresentação final em novembro deste ano.

A foto representa uma das muitas manifestações de luta das mulheres ao longo da história.