quinta-feira, 7 de novembro de 2019

LIVROS PARA LER 2019

Foto: Biblioteca do Sítio São Luis - Pacoti (CE)


Divulgo atrasado relação de livros que escolhi para me deleitar em suas páginas no ano de 2019. São leituras de diversos tipos, pois é na diversidade que adquirimos conhecimentos. Alguns dos livros escolhidos já figuraram em relações anteriores, mas como não consegui concluí-los estão por aqui de novo. Destaque que não esqueci dos clássicos.

1 - O capital do século XXI - Thomas Piketty
2 - As mil e uma noites.
3 - Eichman em Jerusalém - Hanna Arendt (lido)
4 - Direito Administrativo - Fernanda Marinela
5 - Retorno a Brideshead - Evelyn Waugh (lido)
6 - Vidas e proezas de Alexis Zorbas - Nikos Kazantzáakis (lido)
7 - Brasil - uma biografia - Lilia Moritz Schwarck e Murgel Starling
8 - Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez (lido)
9 - Use a cabeça - Excel - Michael Milton
10 - A cabana do Pai Tomás - Harriet Beecher Stowe (lido)
11 - História da riqueza do Brasil - Jorge Caldeira
12 - Americanah - Chimamanda Ngozi Adichie
13 - Crime e Castigo - Dostoievski
14 - Gestão Management - Peter F. Drucker
15 - A ideia de justiça - Amartya Sen
16 - Sobre o estado - Pierre Bordieu
17 - A história do sobrenatural e do espiritismo - Mary del Priore (lido)
18 - Honoráveis Bandidos - Palmério Dória (lido)
19 - Como as democracias morrem - Steven Levitsky e Daniel Ziblatt (lido)
20 - O alforje - Bahiyyih Nakhjavani (lido)
21 - O quarto em chamas - Michael Connelly (lido)
22 - Nada - Carmen Laforet (lido)
23 - O coração é um caçador solitário - Carson McCullers (lido)
24 - Rua Aribau - coletânea de poemas (lido)
25 - O novo poder - Henry Timms e Jeremy Heimans (lido)
26 - A misteriosa vida de Lampião - Cicinato Ferreira Neto (lido)
27 - O drama da Bretanha - Yvonne A. Pereira (lido)
28 - Eu sei por que o pássaro canta na gaiola - Maya Angelou (lido)
29 - Só garotos - Pati Smith (lido)
30 - Devoção - Pati smith (lido)
31 - O velho e o mar - Ernest Hemingway (lido)
32 - A promessa - Friedrich Durrenmatt (lido)
33 - A pane - Friedrich Durrenmatt (lido)
34 - O capote - Gogol (lido)
35 - O deserto dos tártaros - Dino Buzatti (lido)
36 - Tempo de migrar para o norte - Tayeb Salih (lido)
37 - Voragem - Junichiro Tanizaki (lido)
38 - As últimas testemunhas - Svetlana Aleksievitch (lido)
39 - 50 discursos que marcaram o mundo moderno - Andrew Burnet (lido)
40 - Yo no vengo a decir um discurso - Gabriel Garcia Marquez (lido)
41 - A boa filha - Karin Slaughter (lido)
42 - Underground Railroad - Colson Whitehead (lido)
43 - Memórias de Adriano - Marguerite Youcenar (lido)
44 - Contabilidade pública- análise financeira governamental - Severino Cesário e Josedilton Diniz (lido)
45 - Sobrevivi...posso contar - Maria da Penha (lido)
46 - Estrela solitária - Um brasileiro chamado Garrincha - Ruy Castro (lido)
47 - A revolução dos bichos - George Orwell. (lido)


OS TIMES CEARENSES E A ARBITRAGEM

Quando soube que teríamos o recurso da tecnologia nos jogos do campeonato brasileiro, ingenuamente achei que isto traria mais justiça ao futebol, em virtude de que se evitaria que times considerados grandes seriam beneficiados pela arbitragem.
Analisando os diversos jogos verifica-se que Fortaleza e Ceará tem sido reiteradamente prejudicados por erros grosseiros e até se conclui pela má fé dos árbitros tanto de campo como de vídeo.
Quero acreditar que a operação expresso 150 - que verificou-se na justiça do Estado do Ceará - não tenha seu operacional no futebol brasileiro. 
A esperança é rogar para Padre Cicero, Irmã Dulce, Menina Benigno, Nossa Senhora de Aparecida; para proteger os times do Nordeste; pois esperar imparcialidade da arbitragem brasileira é impossível de se visualizar.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

PEQUENAS AÇÕES PARA A SUSTENTABILIDADE


Tenho a convicção de que temos que mudar nossa forma de consumo, senão daqui a pouco os prejuízos para nosso habitat serão irreparáveis. Caso não bastasse a falta de sensibilidade dos governos para a causa ambiental e sustentável, entendo que o consumismo desenfreado, a volúpia por novas marcas, o descarte de bens ainda em ótimo uso, a busca por um novo celular com pequeníssimas adições da versão anterior, entre tantos exemplos de aquisições desenfreadas; tudo isto vai se voltar contra nós e as gerações de nossos filhos. 
É claro que não pode-se individualmente resolver o problema do Planeta. Contudo, pode-se modelar nosso dia a dia para gradativamente incorporar pequenas ações que multiplicadas podem realmente dar um passo de sustentabilidade.
Comecei com coisas simples. Em meu trabalho uso uma garrafa de água, a fim de evitar a utilização de um copo de água toda vez que tenho sede ao longo do dia. 
Quando vou a aula de espanhol, gosto de tomar um cafezinho e tomar água. Utilizo o mesmo copo plástico. Tomo água, mato a sede e depois saboreio o delicioso cafezinho.
Em relação aos canudos plásticos, há tempos que devolvo ao garçom quando tomo suco ou outra bebida. Ressalva feita apenas para água de coco e milk shake, a qual ainda o utilizo o canudinho. Ressalto que mesmo com canudinhos biodegradáveis tenho a mesma postura. Hoje utilizo raríssimo. 
Outra ação que tenho implementado é que procuro usar o mesmo prato em restaurantes. As vezes pede-se uma entrada; e quando sai o almoço o garçom vem para trocar o prato. Normalmente e sem nenhum transtorno para a degustação da comida tenho declinado desta troca.
Em casa temos conseguido separar pelo menos o lixo orgânico do restante dos outros dejetos. Sei que ainda é pouco, mas chegamos neste estágio por aqui. Já com relação a garrafas, jornais, papelão, entre outros; tenho encaminhado para reciclagem. Ressalto que a Prefeitura de Fortaleza tem dezenas de pontos de recepção deste tipo de bens recicláveis em todos os bairros. Com pilhas, baterias usadas, lâmpadas queimadas, sempre encaminho a um local adequado para sua recepção.
Outros bens de uso durável que não utilizo mais, tenho encaminhado para o Movimento Emaús, que tem belo trabalho no reuso de bens. 
Em relação a roupas usadas, tenho buscado repassar para pessoas que farão boa utilização delas. É incrível que roupas ainda sejam jogadas no lixo, sem que se dê um bom destino, tendo em vista que vivemos em um país com pessoas tão carentes e necessitadas. Se tiver dificuldades para encaminhar sua doação, há diversas entidades beneficentes que atuam nesta área.
No trabalho utiliza-se cada vez mais menos papel. Mesmo assim, nos processos físicos a impressão ocorre na frente e no verso, o que economiza o papel em 50%. Acrescento que se reutilizam restos de papel de trabalhos anteriores para impressões de material para estudo e análise.
Outra coisa, recebo livros em caixas na minha residência. Estas caixas serão reutilizadas nos presentes de natal que irei ofertar. As vezes, precisamos despertar para dar uso adequado aquilo que para muitos é simplesmente lixo. Devemos usar a criatividade.
Outra coisa bem simples é não jogar lixo na rua. Não abra o vidro e jogue o papel na rua. Incrível como ainda acontece isto. Sei que as vezes há dificuldade para jogar o lixo em um local adequado. Nem sempre há uma lixeira perto. Mas, aguarde até encontrar um local. O Planeta agradece.
Estas ações que falei podem ser uma gota no oceano, mas já consegui trazê-las para meu dia a dia. Junte-se com ações pela sustentabilidade de nossa mãe Terra.


domingo, 1 de setembro de 2019

EXISTE HUMANIDADE NAS PESSOAS DE HOJE?


Em uma dessas manhãs de sábado, fui a padaria comprar pão. Eu adoro o pãozinho francês novinho, pois enriquece o café. Estacionei ao lado de outro carro que também parava. Do carro saiu um senhor gordo e me dirigiu a palavra: 
- Eita vida boa.
Seu deboche se direcionava a um jovem que dormia debaixo de uma marquise. 
Minha resposta foi ignorar as palavras do insensível senhor.
Recentemente li uma matéria do jornal "O Povo" em que relatava a difícil vida de quem mora nas ruas. Trazia também o depoimento de uma pessoa que tinha conseguido sair desse desalento. Seu relato era emocionante, pois muitos não conseguem superar as dificuldades da solidão, da violência, das doenças, da insensatez.
Em geral tenho visto muita falta de solidariedade e desprezo com os moradores de rua.
Deve-se destacar que nem todos aqueles que perambulam pelas ruas são usuários de drogas ou criminosos. Há muitos em que o desarranjo familiar, a pobreza, a violência doméstica, os levaram à vida nas ruas, praças e avenidas.
Um personagem que conseguiu escapar das estatísticas foi o Capitão Silva, hoje integrante da Polícia Militar e educador. Passou extrema dificuldade ao morar na rua, inclusive dormindo em cemitérios. Era conhecido como o "morta fome". Recebeu apoio de pessoas realmente de bem e conseguiu desviar dos caminhos relacionados ao crime. Atualmente ministra palestras sobre sua trajetória. Ainda há esperança relata.
Nem todos que habitam as ruas conseguem encontrar almas caridosas. Nos últimos meses revi um amigo quixadaense morador das ruas de Fortaleza: José Maria. Sempre simpático, tinha alegria ao pedir moedas nos sinais. Na última vez que o vi, me afirmou que tinha deixado o vício da bebida e que ia sair dessa. Nunca mais o vi. Senti sua falta no sinal da Santos Dumont. Temi por sua vida. E ele realmente tinha saído do sofrimento, me relatou seu irmão algumas semanas atrás.
A vida é complicada, me relatou a Dona Maria. Pedinte ao lado da agência do Banco do Brasil da Desembargador Moreira, ela conversou comigo e falou com orgulho: "eu cozinhava para casas de família". Adoeceu, ninguém mais a quis para trabalhar. Vive de esmolas, com esperança de voltar para o Piauí, onde me disse que tem dois filhos e duas irmãs.
Contudo, há pessoas que ajudam as irmãs em situação de risco. Diariamente, há solidariedade, há registros de humanidade nas pessoas. Pode ate ser exagero na linguagem se expressar desta forma. Hoje vivenciamos muito desamor e ódio nos corações, mas há esperança. Nas noites sombrias, figuras adentram no Centro de Fortaleza para fazer o bem; para distribuir comida e bebida aos que tem fome e sede. 
Creio que ainda há esperança no ser humano. O bem não pode sucumbir ao ódio. Sejamos mais cristãos. É necessário trazer um pouco de Jesus, de Irmã Dulce, de Madre Teresa, de São Francisco, de Gandhi, entre tantos outros para nossas vidas.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

RENATO CARNEIRO SAUDADES

            Vereador Agenor Queiroz entregando a medalha Américo Barreira ao amigo Renato Carneiro
                          Renato Carneiro e outros homenageados com a Medalha Américo Barreira

Conheci Sr. Renato Carneiro quando estudante do Ginásio Waldemar Alcântara. Minha professora de história passou tarefa de entrevistar políticos quixadaenses sobre a trajetória de Getúlio Vargas. Minha equipe era composta além de mim dos amigos Amâncio, Gladstone e Manin. Renato Carneiro era então prefeito de Quixadá e recebeu sem cerimônia os jovens estudantes. Não tínhamos marcado hora, mas mesmo assim ele nos fez adentrar em seu gabinete e ouviu sobre o tema da entrevista. Perguntou se poderíamos ir no outro dia na sua empresa para conceder a entrevista. E assim foi, nos deu um saudoso depoimento sobre a história de Getúlio Vargas. Aliás, ao final nos agradeceu pela oportunidade.
Os anos passaram e voltei a ter contato com Sr. Renato no antigo Hotel Municipal de Quixadá. Sempre estava lá às segundas-feiras para tirar o stress, batendo papo com os amigos e tomando algumas doses de whisky. Em um desses dias pude sentar em sua mesa e beber da sua sabedoria. Nas histórias que contava desfilava prudência, experiência, objetividade, prazer para o trabalho. Nas diversas vezes que tive o prazer de estar em sua presença, pude presenciar o ser humano empreendedor, inovador e educador que era.
Como prefeito de Quixadá era conhecido por sua palavra, sem rodeios e verdadeira. Não fazia falsas promessas, prometia somente o que realmente iria fazer. Foi um prefeito também inovador. Elaborou o primeiro plano diretor da cidade de Quixadá, quando sequer se sabia a importância do planejamento na administração pública. Cumpria os pagamentos financeiros da Prefeitura rigorosamente e foi um grande gestor de Quixadá com muitas realizações.
Na área privada, foi um empresário que marcou época no plantio e industrialização do algodão no Sertão Central e em nosso Estado. Enveredou pela avicultura e outras atividades comerciais; afinal sempre foi uma pessoa voltada para o trabalho; creio que foi uma pessoa incansável na arte de empreender.
Sua filosofia de vida procurava repassar para sua família, amigos e todos os que o cercavam, daí por que coloquei como uma de suas qualidades a de educador.  E o era. E muito bem.
Quando fui presidente da Câmara de Quixadá pude homenageá-lo com os vereadores da época com a medalha municipalista Américo Barreira. Homenagem mais do que justa em uma concorrida solenidade.
Há homens e mulheres que são quase imortais; marcam sua vida com pegadas fortes. Renato Carneiro era um desses homens que engrandecem a existência. Seja na área política, empresarial e familiar, foi um homem imprescindível e que marcou época especialmente na cidade de Quixadá. 
Minhas condolências a sua família e amigos. Ressalto que sua missão terrena foi muito bem cumprida. Deixa muitas saudades para todos que o conheceram. A mim, também especialmente.

terça-feira, 19 de março de 2019

O FUTEBOL E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Se os brasileiros escolhessem os políticos que irão governar seu país, seus estados e suas cidades; com a mesma exigência com que exigem dos técnicos e dos jogadores do seu clube de futebol, teríamos um Brasil diferente, bem mais competente.
Os futebolistas nunca aceitariam um completo despreparado para dirigir seu time de futebol; ou um centroavante que não saiba colocar a bola no gol; ou ainda um zagueiro furão simplesmente por que é seu amigo.
Enquanto isso aceitamos que os cargos mais importantes de nossa cidade possam ser ocupados por alguém que apenas é simpático ou que diz alguma coisa que nos agrada; em detrimento da competência técnica e experiência.
Que nossas exigências esportivas se transportem para a administração pública.
Dedicação, preparo técnico, experiência é o minimo que devemos exigir.  Que nossos governantes vistam realmente a camisa de nosso país; que pensem na próxima geração e  não em seus partidários, apaniguados e familiares.