Visitei em Brasília (DF) a residência da escritora cearense Regina Stella(foto), que foi amiga de minha de minha mãe de infância. Foi uma visita extremamente agradável e que suavizou o lado impessoal da Capital Federal. Regina foi cronista do Correio Brasiliense por 29 anos e autora de três livros (O reto e o Oblíquo, Recado dos Ipês e Ciranda do tempo).
Segue abaixo um texto de sua autoria:
Poema Impossível
Eu quis fazer um verso ou uma história, escrever um conto ou um poema que falasse de mãe e fosse uma homenagem.Mas, negou-se a ideia, fugiu o pensamento enão pude juntar em frases ou estrofes as palavras que chegaram, de amor, de bem, dizendo dela. A imaginação, antes viva e colorida, perdeu a força e a graça. Ficou vazia e muda.Sem cor, sem som, despida de expressão! Que pena, pensei, seria uma festa a palavra amiga superando o gesto, e no Dia das Mães a gratidão em rimas, que belo presente ela receberia.
Então , busquei nas minhas lembranças o tempo de criança.Quem sabe, ali eu acharia o que dizer dela, o que falar, no segredo da menina magricela que corria descalça no quintal, jogando bola de gude, pulando "amarelinha". E voltei. A casa grande, a porta sempre aberta, e lá dentro a voz que era festa, presença, segurança, um quê de paz, certeza do amanhã. Pouco demais, contudo, para um presente, muito pequena a lembrança da menina.E fui à adolescente. Talvez pudesse me ajudar.No riso do encontro, na alegria da resposta, eu vi o retrato dela.Gozava da vida o que de bom chegava, sem medir o mal que muitas vezes vinha.E usufruia o bem, esperando o melhor.Acreditava no poder da vontade, na força de querer. Para vencer, ela dizia, basta seguir, ter fé, não recuar. Extraordinária mulher!Mas, não era ainda o que eu queria, para lhe dar naquele dia.Então, buscando inspiração, li tudo sobre mãe,frases, versos,rimas, poesia.Só beleza achei. Encantamento. E só verdade havia. Mas falava pouco ainda, faltava muito, não dizia tudo, quem foi minha mãe, minha escola,minha lição.
Falar de mãe e dizer tudo, qual sábio, qual gênio, qual poeta!Que fale do caminho, da luz e do farol e esgote o assunto! Da estrela e guia, do esteio e da alegria. Da festa e da mensagem.Da fé e do heroismo.
Que de mãe, para falar,livro algum existe, palavra, ideia, frase ou poesia, que diga todo bem, toda grandeza.E seja capaz o poeta e seja capaz o artista, de dar em versos, em letra,em música, em canção, do amor de mãe, mais puro e verdadeiro, toda verdade, o que ele faz e é.
Então , busquei nas minhas lembranças o tempo de criança.Quem sabe, ali eu acharia o que dizer dela, o que falar, no segredo da menina magricela que corria descalça no quintal, jogando bola de gude, pulando "amarelinha". E voltei. A casa grande, a porta sempre aberta, e lá dentro a voz que era festa, presença, segurança, um quê de paz, certeza do amanhã. Pouco demais, contudo, para um presente, muito pequena a lembrança da menina.E fui à adolescente. Talvez pudesse me ajudar.No riso do encontro, na alegria da resposta, eu vi o retrato dela.Gozava da vida o que de bom chegava, sem medir o mal que muitas vezes vinha.E usufruia o bem, esperando o melhor.Acreditava no poder da vontade, na força de querer. Para vencer, ela dizia, basta seguir, ter fé, não recuar. Extraordinária mulher!Mas, não era ainda o que eu queria, para lhe dar naquele dia.Então, buscando inspiração, li tudo sobre mãe,frases, versos,rimas, poesia.Só beleza achei. Encantamento. E só verdade havia. Mas falava pouco ainda, faltava muito, não dizia tudo, quem foi minha mãe, minha escola,minha lição.
Falar de mãe e dizer tudo, qual sábio, qual gênio, qual poeta!Que fale do caminho, da luz e do farol e esgote o assunto! Da estrela e guia, do esteio e da alegria. Da festa e da mensagem.Da fé e do heroismo.
Que de mãe, para falar,livro algum existe, palavra, ideia, frase ou poesia, que diga todo bem, toda grandeza.E seja capaz o poeta e seja capaz o artista, de dar em versos, em letra,em música, em canção, do amor de mãe, mais puro e verdadeiro, toda verdade, o que ele faz e é.
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