Frente do Museu do Ceará
Famoso Bode Ioiô
Detalhe de armas dos vários conflitos que envolveu o Ceará
Detalhe da escadaria
Nestes dias pude revisitar o Museu do Ceará depois de anos. Lembro que ali visitei quando ainda era secretário de cultura de Quixadá. Participei ali de algumas belas solenidades como o lançamento de livro do cronista Moreira Campos e outras atividades promovidas pelo então secretário de cultura do Estado Paulo Linhares. O local permanece deveras atrativo para os amantes da história cearense. Vale a pena conferir. Abaixo segue texto extraído do sítio da Secretaria de Cultura do Estado. Nada melhor do que ir lá conferir. O Museu é aberto também aos sábados.
Em 1951, o Arquivo foi deslocado para as áreas térreas do Palacete Senador Alencar, onde funcionava a Assembléia Legislativa, e o Museu se manteve no edifício da Praça da Sé até 1957, sob a tutela do Instituto Histórico do Ceará, que se transferiu para o local. Tal iniciativa governamental tinha por finalidade dotar o Instituto de instalações mais adequadas para as suas atividades e também reestruturar o Museu. Reformas foram empreendidas e novas peças foram agregadas ao seu acervo - notadamente as das coleções indígenas do antigo Museu do Instituto (organizado em 1940 por Pompeu Sobrinho) e do Museu Rocha (compradas em 1953) - para a montagem de futuras exposições. As aquisições acabaram dando uma feição diferenciada à Instituição, que em 1955 reabre com nova denominação: Museu Histórico e Antropológico do Ceará.
No terreno onde estava instalado, o Governo Paulo Sarasate resolveu construir o Fórum Clóvis Beviláqua, transferindo o Museu para a Avenida Visconde do Cauype, nº 2341. Lá ficou até 1967, quando a Universidade Federal do Ceará solicitou a edificação para ampliar as dependências da Faculdade de Economia, prometendo em contrapartida um prédio na Rua Barão do Rio Branco, n. 410 (hoje sede do Instituto Histórico). O Museu ainda seria deslocado mais duas vezes: no ano de 1971, para a Avenida Barão de Studart, nº 410 (onde atualmente está o Museu da Imagem e do Som); e em 1990, para a Rua São Paulo, nº 51, onde ganhou o nome de Museu do Ceará e se mantêm até a presente data.
Ao longo desse percurso de mais de setenta anos de existência, o Museu do Ceará passou pelas mãos de vários administradores, saiu da tutela do Instituto Histórico e foi vinculado à Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT) em 1967. Hoje a Instituição se encontra num imóvel de significativo valor histórico, denominado Palacete Senador Alencar, idealizado originalmente para ser a Assembléia Provincial do Ceará, na época do Brasil-Império. Suas obras se iniciaram no ano de 1856 e foram concluídas em 1871, sendo tombado como Monumento Nacional pelo IPHAN em 28/02/1973. O edifício ainda mantém suas características arquitetônicas originais. Seu estilo neoclássico é expresso principalmente através das colunas, janelas e frontão triangular. Nas proximidades está o Palácio da Luz (atual Academia Cearense de Letras), a Igreja do Rosário e a Praça General Tibúrcio (mais conhecida como Praça dos Leões) Essas construções formam um importante conjunto arquitetônico da capital cearense, localizado numa área de grande densidade histórica e turística.
Adaptado para o funcionamento do museu, o imponente edifício, que em si mesmo já é uma peça museológica, abriga uma exposição de longa duração aberta em 1998 e espaços de exposições temporárias que percorrem vários temas da História do Ceará, o Memorial Frei Tito (aberto em 2002), a sala Paulo Freire (criada em 2001 para receber os visitantes e sediar seminários, cursos etc), a Reserva Técnica, a sala do Núcleo Educativo, a sala da administração e biblioteca.
O Museu do Ceará possui um acervo bastante variado, resultado de compras e, sobretudo, de doações de particulares e instituições públicas. Entre moedas e medalhas, há quadros, móveis, peças arqueológicas, artefatos indígenas, bandeiras e armas. Há também peças de “arte popular” e uma coleção de cordéis publicados entre 1940 e 2000 (950 exemplares). Alguns objetos se referem aos chamados “fatos históricos”, como a escravidão, o movimento abolicionista e movimentos literários, como a famosa “Padaria Espiritual”, que entrou para a História da Literatura Brasileira com especial destaque. Trata-se de um acervo com mais de sete mil peças, que atualmente é trabalhado como veículo de reflexão sobre a Historia local integrada à História do Ceará, em seus aspectos culturais, econômicos e sociais. Muitas peças estão em exposição, organizadas em salas temáticas.
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