quinta-feira, 13 de agosto de 2015

FÉRIAS, BELAS FÉRIAS QUE SE FORAM


Nas últimas semanas curti merecidas férias. Fazia muito tempo que não descansava tanto tempo. Os trabalhos anteriores não permitiam. Na política sempre tem algo importante, no Governo do Estado nunca falta o que fazer. E os meus chefes não permitiam descanso.

Foram portanto trinta dias de deleite por este belo e caloroso Ceará. 

Pulei de uma serra para outra em uma tirolesa no Maranguape. Deu um frio na espinha, mas fui mesmo assim. Durou pouco a viagem. Contudo, deu para apreciar a paisagem e a sensação de voar. Não parei por ai, andei de lancha com emoção, de caiaque, de prancha, fiquei de cabeça para baixo e cansei literalmente ao final do dia.

Fui ao alvorecer da liberdade em Redenção. Percorri pela aprazível e fria serra. Em Mulungu pernoitei e degustei da sua pacata tranquilidade. Em Guaramiranga tomei chocolate quente, encontrei amigos e namorei por suas ruas.

Na Parnaíba, que foi do Ceará e agora é Piauí, curti um passeio inesquecível pelo Delta. Presenciei o encontro do rio com o mar. Tomei banho na água fresca de suas piscinas naturais e apreciei a culinária local de caranguejo, peixe e camarão. Não aguentei da beleza do lugar e prorroguei a estadia, afinal tinha que conhecer a Praia do Atalaia e circular pelos belos casarões da cidade.

Continuei a viagem e circulei pelo famoso "Beco do Cotovelo" de Sobral. Comi torresmo, galinha caipira e provei da culinária mineira-sobralense. Apreciei a arte sacra da história, revi amigos e amigas e tomei muita cerveja para aguentar o sol acolhedor da Princesa do Norte. 

Segui viagem e cheguei ao Cariri. Fiz novos colegas, e entre eles estava Ronaldo Angelim, aquele mesmo herói do Flamengo e do meu Fortaleza. Percorri os passos de Padre Cícero em Juazeiro do Norte, constatando o grande empreendedor e visionário que foi. Contemplei sua estátua, a beleza do artesanato e da sua cultura genuinamente nordestina. 

Fui a Fundação Casa Grande em Nova Olinda ver que é possível mudar a cara do Brasil com responsabilidade, persistência e muitos sonhos na cabeça. Belo sonho que se tornou realidade nas mãos de Alemberg Quindins. Em Santana do Cariri contemplei a beleza surreal de sua vista lá do Pontal de Santa Cruz. Voltei em imaginação ao passado nas exposições de fósseis. 

No Crato circulei pelas suas belas praças. Em Barbalha bati na porta de seus casarões. Tomei cerveja, vinho e cachaça. Apreciei a hospitalidade do povo caririense. Vou voltar lá, Faltou conhecer tanta coisa. Não fui a Assaré, relembrar de Patativa. Também não fui a Exu rever o Mestre Luiz Gonzaga. Contudo, mergulhei nas águas das fontes do Caldas em Barbalha e retornei a Fortaleza com energia renovada para voltar ao trabalho e aos estudos. Aliás, dos estudos não parei. Foram cinco livros nestas férias. Chandler, Celso Furtado e João Ubaldo Ribeiro passaram pelos meus olhos. 

Arranjei tempo ainda para ir ao Centro de Fortaleza. Casa Juvenal Galeno, Praça do Ferreira, Sobrado Dr.José Lourenço, Praça dos Mártires, Igreja Coração de Jesus. Circulei por lá um dia inteiro. O Centro permanece vivo e atrativo, mas precisa de mais atenção das autoridades. Revivi os tempos que por lá circulava segurando a mão do meu pai. Eita saudade grande! 

Faltava ir ao Quixadá. Fui, revi amigos e amigas. Entretanto, faltou rever muita gente. Retornei de lá com saudade das conversas e dos bate papos nas ruas e praças. Daqui a pouco retorno por lá, pois lá deixei parte do meu coração.

Foto: Mulungu (CE)

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