quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

ATÉ INCOMPETÊNCIA TEM LIMITES


Mesmo nas piores situações é possível extrair lições. Não é o que parece ser visualizado em nossa atual situação.

Vivemos a pior crise sanitária da atualidade, sob a liderança de um governo absolutamente incompetente. A única criatividade existente é voltada para criar problemas e proliferar notícias falsas.

Não é possível que sejamos tão desafortunados de enfrentar esta grave pandemia recheada de uma irresponsabilidade jamais vista na política brasileira.

Os erros são tão grotescos e crassos, que fica-se a perguntar se as atuais lideranças vivem em um mundo de outra dimensão ou realidade alternativa. O pior é a existência de grande quantidade de seguidores adeptos de teorias da conspiração, de negacionistas, de antivacinas, além de outras maluquices. E alguns ainda se dizem cristãos. Seria cômico se não fosse trágico.

A negação da pandemia e de seus graves efeitos foi um dos erros iniciais. Não se preparar mesmo que de forma emergencial demonstrou o cartão de visita da incompetência. O Governo Federal, sob a liderança de seu inapto presidente, não tomou as medidas necessárias e cabíveis inicialmente. Aqui no Ceará, precisou-se ir a justiça para se garantir uma barreira sanitária no aeroporto, situação concedida tardiamente.

Ausência de planejamento nacional, ausência de coordenação para a compra de equipamentos e insumos, estímulo a desobediência nas orientações contra aglomeração, ausência de testes, desestímulo ao uso de máscara; conflito entre presidente e ministros da saúde, incentivo a remédios sem comprovação científica. Todos os dias se evidenciava uma irresponsabilidade e declaração desastrosa. Não é possível a existência de tanta incompetência.

Talvez porque não seja somente incompetência. Talvez seja loucura. Ou talvez seja perversidade. Mais de 180.000 mortos e o tresloucado diz: "E daí".

Agora, criou-se a guerra das vacinas. Mais uma vez, ao invés de seguir a ciência, busca-se o caminho do obscurantismo. Até 2020, não entendia como tinha ocorrido a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro. Como pessoas se revoltam contra uma vacina era uma pergunta que me debatia quando lia sobre o tema. Hoje, entendo demais o ocorrido. Triste esta história se repetir.

Enquanto isso, milhares morrem semanalmente. Antes era o motivo era o despreparo. Hoje é a negligência. Fantoches se apresentam como responsáveis para resolver a grave crise, nos pedindo para conter o desespero. 

O momento é de angustia e perplexidade. Nos resta torcer para que a razão prevaleça. Que nossos técnicos derrotem os tresloucados e a vacina, devidamente testada e comprovada, chegue para salvar vidas e atenuar o sofrimento.

Apesar de tudo, presenciamos exemplos de solidariedade, de empatia, do empenho dos profissionais de saúde. Voltamos a pensar que ainda resta uma esperança para nosso país.

Por último, espero que os responsáveis pela banalidade da incompetência reinante não sejam esquecidos. Depois dessa crise, é preciso apurar as responsabilidades.



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