É incrível a ânsia que certos setores da imprensa brasileira tem em torcer para que a crise internacional atinja em cheio a economia brasileira. A urubu Leitão maior há meses reitera a chegada da crise em nosso país. É uma torcida para o pior. Não entendo essa fixação negativa.
Ontem escutei uma entrevista de um economista que explicava as diferenças da crise atual com outras enfrentadas por nosso país. Vejamos elas:
1) Todas as crises anteriores levaram o nosso país aumentar os juros. É a primeira vez que se combate reduzindo juros. Há possibilidade desta crise nos dar a grande contribuição de deixarmos de ser uma economia acostumada a índices estratosféricos para os juros e nos situarmos definitivamente em números de 1 dígito.
2) As crises anteriores trouxeram inflação mais alta. Esta, tudo indica, não se configura dessa forma. Há indícios de redução inflacionária.
3) Nas passadas havia um aumento do déficit público e do endividamento externo. Não é o que está acontecendo. Com a redução dos juros, o país está pagando menos juros e se endividando menos.
4) Havia corte de investimentos públicos. Nessa agora, um dos remédios para combater a crise é manter os investimentos, em especial os listados no PAC.
5) A forma como o Brasil se encontra, de forma econômica e financeira, é grande sintoma positivo: boas reservas financeiras, comércio exterior forte e descentralizado por diversas regiões, consumo interno aquecido pela desconcentração de renda, etc. Tudo isto nos coloca de uma forma privilegiada para o combate à crise.
A torcida para o quanto pior melhor não é a saída para nosso país. Chega de pessimismo, vamos acreditar no Brasil.
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