Estamos no início do período eleitoral, período em que as paixões fazem acontecer debates e confrontos de idéias, ideologias, visões de mundo e interesses. Verdade seja dita que neste período de ebulição das paixões, as decisões importantes acabam sendo tomadas pelo calor do debate e muitas vezes sem nenhum aprofundamento nas reflexões.
Faço este comentário pelo fato de que as eleições, em uma democracia como a nossa, são um momento importantíssimo para o presente e o futuro de gerações. Um voto mal escolhido proporciona prejuizos incalculáveis para as cidades e para as pessoas. Alguem pode sequer dimensionar a escolha de um governante incompetente para os programas sociais, educacionais e de estrutura de uma cidade nos próximos quatro anos?
Voto é coisa séria. Momento de profunda reflexão sobre a escolha de seus candidatos. Não dá para votar por tapinha nas costas; beleza; interesses individuais ou mesmo favores. Ao se escolher um candidato deve-se avaliar seu passado, suas propostas, sua sensibilidade para a concretização das idéias que expõe. Eleição não é como o confronto esportivo Fortaleza e Ceará; não é uma quermesse em que se escolhe a rainha do partido vermelho, azul ou verde; muito menos é uma disputa religiosa ou de famílias.
Há cidades que reeditam ano após ano o embate dos "Cara-preta contra o fundo mole; caboré e coruja; rato e coelho". Em Quixadá, nas ultimas conversas que escutei, fala-se que vai ser o
confronto dos "bengalas" contra os "sapatos". Sinceramente é muita
pobreza de debate. Ficam as paixões insanas e o debate de propostas fica de lado. A paixão deve existir sim, mas relacionada à discussão dos rumos da cidade; dos planos de governos; da equipe a ser composta no secretariado; dos grandes projetos estruturantes. Esta sim deve ser a paixão a estar sempre presente: tomar partido no confronto de idéias, escolher quem tenha propostas similares ao que você pensa de bom. E aí participar ativamente das atividades de campanha, após definir-se pelo partido que melhor representa naquele momento o seu pensamento.
Interessante o debate sobre os "ficha-sujas". Deve-se realmente excluir das eleições quem tenha agido com corrupção, com tráfico de influência, com práticas criminosas e dolosas ao erário público. Entretanto, maior juiz para estas questões é a própria população que pode sim, democraticamente, cassar o mandato dos maus parlamentares e prefeitos. Para isto existe o voto de quatro em quatro anos para se renovar ou não os gestores.
Na cabine eleitoral sinta-se em um momento soberano de escolher bem seus representantes. Pense em você, sua família, seus vizinhos, seus amigos, na sua cidade como um todo. Pense em quem pode fazer mais por seu município, em quem vai trabalhar efetivamente para toda a população e não para um grupo restrito. Reflita bem e exerça sua cidadania votando. Saia da seção eleitoral com o sentimento de dever cumprido. Vote em quem acha que é o melhor. Não por ser do PSB, PT, PRB, PSD, PSDB, PMDB, PR, PMN, PDT, etc, etc... mas, por que realmente acredita nos seus candidatos e propostas. Assim, mesmo que devagarinho, mudaremos este país.
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