“Ouro? Ouro amarelo, ouro que brilha, ouro precioso! Basta uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo; do baixo, nobre; do velho, jovem; do covarde, valente. Ah, meu Deus!, por que isso? O que é isso, meu Deus? O ouro arrasta os sacerdotes e os servos para longe do seu altar, arranca o travesseiro onde repousa a cabeça dos íntegros. Esse escravo amarelo ata e desata vínculos sagrados; abençoa o amaldiçoado; torna adorável a lepra repugnante; nomeia ladrões e confere-lhes títulos, por causa dele joelhos se dobram em aprovação na bancada dos senadores. Venha, mineral execrável, prostituta vil da humanidade!” (William Shakespeare, em Timão de Atenas)
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