sexta-feira, 24 de abril de 2015

SABEDORIA POR JOSÉ MURILO DE CARVALHO


"A representação política não funciona para resolver os grandes problemas da maior parte da população. O papel dos legisladores reduz-se, para a maioria dos votantes, ao de intermediários de favores pessoais perante o executivo. O eleitor vota no deputado em troca de promessas de favores pessoais; o deputado apoia o governo em troca de cargos e verbas para distribuir entre os eleitores. Cria-se uma esquizofrenia política: os eleitores desprezam os políticos, mas continuam votando neles na esperança de benefícios pessoais."

José Murilo de Carvalho (foto)

CIDADANIA NO BRASIL - O LONGO CAMINHO / JOSÉ MURILO DE CARVALHO


Concluí mais uma leitura da magistral e prazerosa travessia visando a elaboração de minha dissertação no mestrado. Desta vez foi o livro "Cidadania no Brasil" de José Murilo de Carvalho. Em leitura clara e agradável, o autor passeia pelos anos de nossa história mostrando a lenta evolução dos direitos políticos e sociais no país. Trata-se de tomo imprescindível para compreender o país Brasil. A ler por obrigação, para quem quiser verdadeiramente discutir nosso habitat nacional.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

O ABOLICIONISMO / JOAQUIM NABUCO


Concluí a leitura de um dos livros clássicos para entender o Brasil. Escrito em 1883 trata-se de um libelo na defesa do fim da escravidão no Brasil. Faz uma crítica contundente dos setores refratários à abolição, inclusive trata da omissão da Igreja. É uma ampla justificativa na busca de convencer a sociedade conservadora brasileira dos males da escravidão, E como havia pessoas a defender esta chaga que ainda marca o nosso país. A ler e rever. Uma saudação ao imortal escritor Joaquim Nabuco por esta obra prima.

terça-feira, 14 de abril de 2015

LIVROS PARA COMPREENDER O BRASIL


Estou chegando ao final das cadeiras do curso de mestrado de Planejamento e Políticas Públicas. Presenciando as exposições dos dignos mestres, me fui despertado em fazer a leitura de obras referenciais para entender a formação de nosso país. Longe de mim de estabelecer um roteiro próprio para compreender o Brasil, mas relaciono aqui leituras que julgo fundamentais para a formação de uma consciência crítica sobre sua instituição. Baseio-me em minhas percepções, nas opiniões de pensadores, e dos professores do mestrado. Ela não está completa, mas reflete um começo de estudo necessário para historiadores, para idealistas, para cidadãos. Esta lista está colocada como minha meta atual de leitura, antes de iniciar a escrita de minha dissertação.

OBRAS:

O Abolicionismo - Joaquim Nabuco*
Os Donos do Poder - Raymundo Faoro*
Casa Grande e Senzala - Gilberto Freyre*
Os Sertões - Euclides da Cunha*
Formação do Brasil Contemporâneo - Caio Prado Jr.*
Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda*
Coronelismo, enxada e voto - Victor Nunes Leal*
História Econômica do Brasil - Caio Prado Jr.*
Capítulos da História Colonial - J. Capistrano de Abreu*
O Povo Brasileiro - Darcy Ribeiro*
Formação Econômica do Brasil - Celso Furtado*
Carnavais, malandros e heróis - Roberto da Matta*
Cidadania no Brasil - José Murilo de Carvalho*
A Construção Política do Brasil - Bresser Pereira* 
Viva o povo brasileiro - João Ubaldo Ribeiro*
Sobrados e mucambos - Gilberto Freyre
Getúlio - Lira Neto - 3 vol.*
A Revolução burguesa no Brasil - Florestan Fernandes*
Dom João VI no Brasil - Oliveira Viana
Chatô - o Rei do Brasil - Fernando Morais*

obs: (*) livros que já tive o prazer de degustar sua leitura nesta jornada. 

SABEDORIA POR JOAQUIM NABUCO


"A deserção, pelo nosso clero, do posto que o Evangelho lhe marcou, foi a mais vergonhosa possível: ninguém o viu tomar a parte dos escravos, fazer uso da religião para suavizar-lhes o cativeiro, e para dizer a verdade moral aos senhores. Nenhum padre tentou, nunca, impedir um leilão de escravos, nem condenou o regimen religioso das senzalas. A Igreja Católica, apesar do seu imenso poderio em um país ainda em grande parte fanatizado por ela, nunca elevou no Brasil a voz em favor da emancipação."

Joaquim Nabuco, 1883, em "O Abolicionismo". (foto)