terça-feira, 27 de outubro de 2020

QUIXADÁ - 150 ANOS

 


A Terra dos Monólitos chega aos 150 anos.

Imagino como foi difícil a vida de José de Barros quando lançou a semente de nossa cidade.

Tanta coisa aconteceu a partir daí.

A princípio, Quixadá foi um entreposto comercial e de produção agropastoril.

Dificuldades foram grandes. As secas maltrataram nosso povo.

Não obstante, nossos pioneiros resistiram. A beleza de nossos monólitos deram-lhes forças.

A chegada da Estrada de Ferro foi um acontecimento que impulsionou o crescimento da cidade.

Como devia ser interessante esperar a chegada do trem na Estação. Bons tempos!

O algodão, chamado de ouro branco, irradiou o desenvolvimento por nossa cidade.

Presenciei parte dessa época do algodão. Meu pai Dolor era técnico classificador desta matéria prima. Brinquei muito, quando criança, pulando pelos sacos de algodão na antiga Cooperativa.

Não tive o privilégio de conhecer e presenciar as cantorias do Cego Aderaldo.

Também não conheci o notável artista plástico Jacinto de Sousa.

Mas pude presenciar o encontro de Rachel de Queiroz, Patativa do Assaré, Dom Edmílson Cruz e Alberto Porfírio na Fazenda Não me Deixes.

Não vivenciei os tempos de Padre Luiz Braga Rocha, de Padre Clineu, religiosos  e empreendedores em nossa terra.

Contudo, conheci a simplicidade de Padre José Bezerra, a cultura de Padre Vicente, o carisma de Dom Joaquim Rufino; e o grande benfeitor, que foi e continua sendo, Dom Adelio Tomazin.

Era pequeno e lembro pouco da Banda “Os Monólitos”. No entanto, pude dançar e celebrar ao som da Black Banda nas discotecas. Quantos momentos agradáveis!

Quixadá foi construído pela ação de homens e mulheres que viveram, lutaram e engrandeceram nossa cidade.

Recordo-me dos educadores que me passaram conhecimento e formação de vida como Julia Saraiva, Fátima Barros, Luiz Oswaldo, Gilberto Telmo, Aparecida Carvalho, Agostinho, Raimundo Damasceno, entre tantos outros.

Quixadá do saudoso político José Linhares da Páscoa. Quixadá do folclorista José Pereira. Quixadá do historiador João Eudes Costa. Quixadá do pintor Waldizar Viana. Quixadá dos profetas da chuva.

Quixadá da luta e trabalho de mulheres como Luiza Henrique, Graça Costa, Maria Luiza Fontenele, Rosa da Fonseca, entre tantas outras anônimas e esquecidas.

Quixadá do médico e político Everardo Silveira. Quixadá do alegre, culto e médico Antônio Magalhães. Quixadá do empreendedor Renato Carneiro. Quixadá de Agenor Magalhães, grande animador dos debates políticos que nos deixou recentemente.

Quixadá dos desportistas Rinaldo Roger, do técnico de futebol José de Freitas Neto, do jogador Pacoti, do dirigente José Abílio, do Deusimar Pé de Guerra, do Manoel Bananeira.

Quixadá do Almeidinha, do Olho de bila, do Zé do Saco, do Adonias, do Alma, da Xuxa, da Luzia. Figuras populares que alegravam e instigavam sentimentos pelas ruas da cidade.

Quixadá do Açude Cedro, da Serra do Estevão, do Santuário Nossa Senhora Rainha do Sertão, da Lagoa do Eurípedes, dos belos monólitos.

Quixadá, nossa terra querida. Quando te vejo, quando caminho por suas ruas, sinto a felicidade brotar mais forte. Parabéns por nos dar morada, amizade e alegrias. Diz um ditado que se bebermos a água do Açude do Cedro, nunca mais te esqueceremos. Parece que é verdade. Feliz 150 anos.


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