"Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
HOJE MEU MELHOR AMIGO ME DEU UMA BOFETADA NO ROSTO.
Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.
O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:
HOJE MEU MELHOR AMIGO SALVOU MINHA VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
POR QUE, DEPOIS QUE TE MAGOEI, ESCREVESTE NA AREIA E AGORA, ESCREVES NA PEDRA?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
QUANDO UM GRANDE AMIGO NOS OFENDE, DEVEMOS ESCREVER ONDE O VENTO DO ESQUECIMENTO E O PERDÃO SE ENCARREGUEM DE BORRAR E APAGAR A LEMBRANÇA. POR OUTRO LADO, QUANDO NOS ACONTECE ALGO DE GRANDIOSO, DEVEMOS GRAVAR ISSO NA PEDRA DA MEMÓRIA E DO CORAÇÃO ONDE VENTO NENHUM EM TODO O MUNDO PODERÁ SEQUER BORRÁ-LO."
Convém lembrar ao amigo Cristiano que o conto Escrevendo na Areia é de autoria de Malba Tahan. Malba Tahan, carioca, foi o maior matemático brasileiro de todos os tempos. Nasceu em 1895 no Rio e faleceu em 1974 no hotel Boa Viagem em Recife. Ao longo de sua vida proferiu mais de 2.000 palestras para professores, ministrou minicursos e escreveu 114 livros de matemática, educação e contos orientais. Seu nome de batismo era Julio Cesar de Mello e Souza. Esteve no Ceará algumas vezes e no seu curricullum vitae consta uma visita a Quixadá na década de 1950. O desafio agora é perguntar aos mais antigos (João Eudes Costa e sr. Edgardo Moraes) se assistiram a palestra de Malba Tahan. Minha falecida mãe assistiu. Grande abraço
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