Para um estudante de história, jornalista ou mesmo alguém com mais experiência, procede-se normalmente ao julgamento de fatos com mais calma e tranquilidade. Falo isto para colocar de que a impressão primeira nem sempre é a verdadeira ou a mais esclarecedora. Sempre é bom analisar cada fato, pensar sobre suas consequências, descobrir quem são os beneficiados, para então tirar conclusões.
O caso do presidente do Banco Mundial nos remete aos fatos que são transformados em realidade, sem direito a defesa e com condenação sumária. Depois de toda uma execração mundial, em que o acusado teve que renunciar ao cargo que ocupava, ser preso e humilhado; os promotores vem a baila para dizer que a testemunha pode ter mentido. Os estragos na vida pessoal do acusado são incalculáveis. Possível candidato a presidente francês com grandes chances, teve sua vida de homem público colocada como exemplo de despudor, de insensatez, de criminoso sexual. Quem vai pagar o estrago ?
Fatos como este nos lembram o caso famoso da Escola de Base que teve reputação totalmente destruida e levada a falência por uma falsa denúncia de que os professores molestavam os alunos. O ex-ministro da Saúde Alceni Guerra teve a vida devassada por desvios nunca provados. A cena do ministro com seu filho em passeio de bicicleta chorando ao meio-fio após uma perseguição da imprensa foi algo que assustou e revoltou os defensores de que se deve ter respeito aos direitos de cada cidadão. Escutei o "talentoso" comentarista da Globo Arnaldo Jabor falar com grande desdém e deboche do Presidente do Banco Mundial. A grande imprensa deve saber corrigir os erros de seu nefasto passado e alterar sua medíocre atuação atual.
Não se deve toletar mais a corrupção, os crimes no seio da nossa sociedade. Agora se deve tomar cuidado com fatos ainda incertos tornados indefensáveis. O caso Strauss-Kan nos remete a de que todos devem ter o direito de defesa e de não ser julgados sumariamente.
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