quarta-feira, 14 de abril de 2010

CAOS NA SAÚDE DE QUIXADÁ: "EITA QUE A SITUAÇÃO ESTÁ FEIA MESMO"

Este frase foi dita por um cidadão ao me definir sua opinião sobre a situação da saúde de Quixadá. Sentia-se como que traído pois votara na última eleição nos candidatos vencedores e não via nada de melhora. Quero ressaltar que nessas últimas idas a Quixadá senti uma população cada vez mais revoltada com a situação periclitante do hospital, postos e atendimento da saúde.

No relato de diversas pessoas falta uma priorização na resolução dos problemas. Vários postos encontram-se sem médicos, com dificuldades operacionais causando desconforto à população e aos próprios servidores envolvidos. Profissionais da área comentam com tristeza o caos que está se agigantando em seu setor de trabalho. Eles esperavam que pelo menos na saúde acontecessem avanços e não a "zorra" em que se encontra.

Analisamos esta situação com muita preocupação. Afinal, a população mais carente é a principal prejudicada com tal situação. Outro dia, ao parar meu carro, fui abordado por uma senhora, que é feirante no centro da cidade, que colocou de forma veemente sua revolta com o atendimento da saúde. Falou que chegou ao ponto de ter que comprar soro fisiológico em uma farmácia para ser aplicado em sua mãe. Cito este fato, mas são muitas as considerações feitas por populares. "Nunca vi nada igual de desorganização e falta de respeito", foi a frase de outro cidadão do bairro Campo Velho.

Somos sabedores que a gestão da saúde não é fácil. Faltam recursos suficientes para atender a demanda exigida. Entretanto, parece que os principais problemas enfrentados poderiam em parte ser solucionados se os gestores da área (e o próprio prefeito) tivessem a capacidade de dialogar com o corpo funcional e com setores da sociedade.

Se fechar para o diálogo, desconsiderar as contribuições da equipe anterior, não enfrentar os problemas frente a frente, parecem ser as dificuldades maiores da secretaria da saúde. Falta de recursos é um problema que deve-se saber conviver. Seu enfrentamento deve ser feito com comprometimento e envolvimento da equipe de saúde.

Se a equipe encontra-se desmotivada, se faltam condições mínimas para o exercício da atenção básica, se o corpo gestor não está conseguindo fazer o enfrentamento das questões, aí realmente o caos será frequente.

Espero que as soluções sejam encontradas. Entretanto, não é o que parece avizinhar-se. Os relatos nos mostram que o quadro pode piorar ainda mais. Lamentável.

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